Quem nunca recebeu uma chamada de telemarketing que
atire a primeira pedra. Aposto que apesar de não terem pedra à mão também não a
poderiam atirar! Hoje em dia toda a gente em uma, mais que uma, ou por vezes
até demasiadas circunstancias já recebeu uma chamada a divulgar produtos e
serviços e/ou a tentar angariar clientes para a empresa que representam. Entre
o top de contactos deste estilo encontramos: Telecomunicações, Seguros de
Saúde, Eletricidade, Banca, etc.
Esta semana recebi a chamada de um banco e pensei que
era um bom assunto para partilhar. Pessoalmente, não gosto da pressão que o
call center da Barclays exerce sobre as pessoas a quem liga (porque arranjam o
numero em bases de dados) para aderir a cartões de crédito. Acredito que
pessoas menos informadas ou mais influenciáveis acabem por aderir a estes
cartões pagando taxas e endividando-se porque a publicidade é agressiva (embora
não seja desculpa ou motivo de desresponsabilização do utilizador). Também não aprecio
quando quem nos liga, apesar de estar a cumprir a sua função, atinge a falta de
noção ou quando insistem para lá do bom senso do discurso. Não é a primeira vez
que me ligam, mas desta vez retive a conversa como exemplo para partilha. Então foi mais ou menos assim:
O telemóvel toca: Número 932240172 - Gravem nos vossos telefones com o nome “Chatos não atender”. Oiço um jovem com sotaque do norte - até pensei que fosse a NOS que eles é que ligam do Porto - “Bom dia fala o Gonçalo…. da Barclays estou a falar com a Senhora Inês …. ”
Assim que percebo de onde ligam digo de imediato -
"Obrigada, mas não estou interessada".
Pergunta-me - “Porquê?”
E eu digo - "Não uso cartões de crédito e apenas
quero ter o meu cartão multibanco. Não compro a crédito"
Responde - “Mas qual é o motivo de não estar
interessada?”
Constato ao jovem - “Acabei de lhe dizer o motivo”
Insiste - “Mas tem alguma razão”
Pacientemente repito “Eu disse a razão e penso que é
suficiente”
E uma vez mais - “Mas não usa mesmo cartão de crédito
é?”
Pufff…. Achei que já chegava - “Sei que está a fazer o
seu trabalho mas eu não quero continuar a ter esta conversa. Obrigada pelo o
seu contacto, bom trabalho e uma continuação de bom dia!”. E pronto lá se despediu e assim terminou a conversa.
A meio da conversa ouvi alguém dizer qualquer coisa do
estilo “Gonçalo isso nem chegou a um minuto”. Espero do fundo do coração que o
Gonçalo tenha atingido um minuto de conversa comigo e que desculpe “qualquer
coisinha”, mas não paciência para este tipo de diálogo. Além de sentir uma
invasão de privacidade - eu lá tenho de
dar explicações porque é que uso ou deixo de usar cartão de crédito a um
estranho – acho estes procedimentos muito pouco éticos.
5 apontamentos para lidar
com chamadas não desejadas
1 – Perceber se realmente
o assunto não interessa antes de desligarmos, por vezes até nos pode interessar
e estamos a perder uma oportunidade se desligamos de imediato.
2 – Não ser rude ou mal-educado.
Podem ser umas melgas, mas são pessoas que apenas estão a cumprir o seu
trabalho que é ligar a oferecer produtos e serviços (mesmo aqueles que não nos
interessam nada). Uma das coisas que aprendi quando trabalhei num callcenter
foi “falar a sorrir” – dá mesmo resultado.
3 – Dizer de forma cordial
e simpática que não estamos interessados, mas que agradecemos o contacto (agradecer
a intenção é sempre uma forma mais querida de dar uma tampa a alguém)
4 – Quando insistem muito
na chamada – e não nos interessa - podemos dizer que de momento também não
podemos estar ao telefone e que por isso desejamos um resto de um bom dia, ao
qual a outra pessoa retribui e desliga (como no ponto anterior é uma alternativa
mais soft para o típico desligar o telefone na cara).
5 – Não facultar nenhuma
informação pessoal. Quando somos nós a ligar para o serviço temos garantia de
quem é o interlocutor, quando nos ligam não sabemos de facto qual o uso que
irão dar aos nossos dados. (É quase o mesmo que vendas porta a porta e ir à
loja. Quando vamos à loja sabemos que estamos perante a empresa, quando nos
tocam à campainha não há essa garantia – evitem dar dados pessoais – muita gente
é burlada assim).
No final desta história
apenas fiquei sem saber se ainda davam uma máquina de café ou se já tinham
subido o presente de boas vindas na adesão ao cartão de crédito! É que desde
que me lembro destas publicidades nunca mudou o brinde. Por esta altura já
devem estar a dar micro-ondas ou robots de cozinha, afinal dizem que a crise já
acabou. (Depois de ter escrito este post descobri que agora oferecem tablets!!!)
Sem comentários:
Enviar um comentário